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"Ah! E o amor? continuava amor"

   Era uma tal de insegurança, na verdade sempre foi. Não houveram declarações e sentimentos aflorados de um para o outro desde o começo. Não era porque não existisse fortes sentimentos nisso, ou talvez de um garoto para o outro apenas, mas o problema era que não havia ligação, a ponte não estava construída, nunca poderia haver total entrega de um corpo para outro.
   Poderia ser definido como um estado de pânico nesse primeiro momento, fugir das regras, podendo ser alvo de todos, deixando suas defesas expostas. Não era fácil se declarar para um garoto nessa época, você sendo um.
   Além de ser uma mentira para sua família, era também preciso esconder tudo isso de sua felicidade. O garoto poderia ser feliz de qualquer forma, menos sendo ele mesmo, era impossível.
   Ele não entendia por que era errado, tinha saúde, podia pensar, amar, o que havia de errado? Nunca havia feito mal algum para ninguém, por que a raiva e o ódio contra ele, contra as pessoas que eram iguais a ele?
   Ele amava em silêncio, apenas seu caderno sabia de seus sentimentos. Ele sabia que não podia dizer a ninguém que tinha amor por outro homem, ninguém acreditaria haver amor, tão forte e limpo dentro desse sentimento, julgado promíscuo, pecador.
   Ele então se calava, até o momento em que pudesse suportar toda a culpa que ele carregaria por simplesmente ser quem é.
Ah! E o amor? continuava amor.
Não  era sujo
        Não precisava estar guardado
Nem tão pouco obscuro ou pecador
    Era simples
Consistia somente no ato de amar,
        só isso.

 
 
     
 

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